domingo, 26 de outubro de 2008

O QUE É O SISTEMA REPRODUTOR

O sistema reprodutor humano, é também conhecido como sistema genital, é formado por órgãos que constituem o aparelho genital masculino e feminino, conforme esta sendo mostrado abaixo.

Sistema Reprodutor Feminino



O sistema reprodutor feminino inclui: os ovários, onde amadurecem os óvulos; as tubas uterinas, que transportam e protegem os óvulos; o útero, que provê um meio adequado para o desenvolvimento do embrião, e a vagina, que serve como receptáculo dos espermatozóides, e os órgãos externos.

Ovários

Os ovários, gônadas femininas são responsáveis pela produção dos óvulos e esteroidogênese. Apresenta uma camada externa, o córtex que envolve a medula central. No nascimento, o córtex de cada ovário contém centenas de milhares de óvulos imaturos em pequenas esferas individuais compostas de uma única camada de células. Cada uma dessas estruturas é um folículo primário, e as células envoltórias constituem as células foliculares. A maioria desses folículos permanece como folículos primários até a puberdade.

Tubas Uterinas

As tubas uterinas são formações tubulares que transportam o óvulo em direção ao útero. Cada tuba estende-se desde o polo distal do ovário, através da borda superior do ligamento largo até a borda supero-lateral do útero. A tuba uterina divide-se anatomicamente em quatro regiões: infundíbulo, ampola, istmo, intramural. A porção do ligamento largo que ancora cada tuba é chamada mesosalpinge. A porção medial da tuba uterina, de calibre menor, é chamada istmo. A extremidade distal de cada tuba é chamada infundíbulo, e se abre na cavidade abdominopélvica, muito perto do ovário. O infundíbulo tem prolongamentos digitiformes, denominadas fimbrias, que envolvem grande parte da superfície do ovário. A porção adjacente é a ampola. A fertilização geralmente ocorre na ampola. Acredita-se que os movimentos das fímbrias e de seus cílios produzem uma corrente de fluido peritoneal que entra na tuba uterina e assim carrega o óvulo liberado do folículo para a tuba.

Útero

O útero é um órgão ímpar, oco, com a forma de uma pêra, que recebe as tubas uterinas nos seus ângulos superiores e se continua para baixo pela vagina. A porção superior do útero é chamada corpo, abaixo é chamado óstio, e a porção inferior é denominada colo uterino. A região em forma de cúpula do corpo uterino acima e entre os pontos de entrada das tubas uterinas é chamada fundo. A cavidade do útero é revestida por um epitélio de células cilíndricas ciliadas denominado endométrio. O endométrio consiste de uma camada funcional sobre acentuadas alterações no desenvolvimento durante o ciclo menstrual.

Vagina

A vagina é o canal que se estende do vestíbulo até o colo uterino. Está em relação com a bexiga e a uretra anteriormente, e com o reto, posteriormente. A mucosa vaginal prolifera durante o ciclo menstrual de maneira semelhante às mudanças endometriais ocorridas no útero. Contém numerosas pregas transversais ou rugas vaginais. Perto da entrada da vagina, a mucosa usualmente forma uma prega vascular chamada hímen. O hímen bloqueia parcialmente a entrada vaginal, mas em alguns casos fecha completamente o orifício.



Ciclo Menstrual

O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, pela pituitária (hipófise) anterior (adenohipófise), e dos estrogênios e progesterona, pelos ovários. O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a seguinte explicação:

1. No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a pituitária anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com pequenas quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio (estrógeno).

2. Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção da pituitária anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo. Depois, subitamente a pituitária anterior começaria a secretar quantidades muito elevadas de ambos os hormônios mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias.

3. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio.

4. O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a pituitária anterior, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios.

5. Nessa ocasião, a pituitária anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher

ciclo%20menstrual.gif OBSERVAÇÃO: a ovulação ocorre aproximadamente entre 10-12 horas após o pico de LH. No ciclo regular, o período de tempo a partir do pico de LH até a menstruação está constantemente próximo de 14 dias. Dessa forma, da ovulação até a próxima menstruação decorrem 14 dias. Apesar de em um ciclo de 28 dias a ovulação ocorrer aproximadamente na metade do ciclo, nas mulheres que têm ciclos regulares, não importa a sua duração, o dia da ovulação pode ser calculado como sendo o 14º dia ANTES do início da menstruação. Generalizando, pode-se dizer que, se o ciclo menstrual tem uma duração de n dias, o possível dia da ovulação é n – 14, considerando n = dia da próxima menstruação.


Órgãos Genitais Femininos Externos



Os órgãos genitais externos femininos são conhecidos como vulva. Sob a influência de estrógenos, há uma tendência na mulher de se depositar tecido adiposo à frente da sínfise púbica. Esta deposição produz uma elevação chamada monte do púbis. Duas dobras arredondadas - os lábios maiores - estendem-se para trás do monte do púbis. A superfície interna é lisa e úmida em decorrência da presença de numerosas glândulas sebáceas.

Os lábios menores são duas dobras menores localizadas medialmente aos lábios maiores. Anteriormente, rodeiam o clítoris. Os lábios menores são altamente vascularizados. Eles circundam um espaço, o vestíbulo, onde se abrem a vagina e a uretra. Diversas glândulas abrem-se no vestíbulo deixando suas paredes úmidas, facilitando o intercurso sexual. O clítoris é uma pequena estrutura alongada localizada na junção anterior dos lábios menores. É homólogo à porção dorsal do pênis e, como este, é formado de tecido erétil. O clítoris é muito sensível ao toque, torna-se ingurgitado de sangue e rígido quando estimulado, contribuindo para o estímulo sexual da mulher.

Laqueadura

Fazem parte do aparelho reprodutor feminino o útero, órgão muscular em formato de pêra, as tubas uterinas, ou trompas, os ovários e a vagina. Desde o nascimento, a menina traz nos ovários todos os folículos que irão amadurecer ao longo da vida fértil e eliminar os óvulos que existem em seu interior. A partir da puberdade, em geral, uma vez por mês, até chegar a menopausa, um desses óvulos é liberado e desce por uma das trompas. Nesse caminho, pode ser fecundado por um espermatozóide que foi depositado na vagina, conseguiu atravessar o orifício do colo uterino, percorreu o útero e chegou às trompas. Nesse caso, o ovo (nome que se dá ao óvulo fecundado) é empurrado para baixo pelo movimento dos tecidos que revestem as trompas e vai aninhar-se no útero.
Laqueadura é um processo de esterilização definitiva, que consiste no fechamento das tubas uterinas para impedir a descida do óvulo e a subida do espermatozóide. É uma cirurgia simples, na qual as trompas são cortadas e suas extremidades amarradas de tal forma que a passagem dos espermatozóides fica bloqueada na sua porção mais distal e a do óvulo bloqueada na porção mais proximal. Embora simples, ela implica a abertura da cavidade abdominal para ter acesso às trompas, diretamente ou por laparoscopia. Quase 100% das mulheres que fazem laqueadura não engravidam mais. Raríssimos são os casos em que ocorre a recanalização das trompas, com subseqüente gravidez.
A realização da laqueadura é um tema cercado de muita controvérsia, porque abrange aspectos sociais, religiosos, políticos e econômicos

sábado, 25 de outubro de 2008

Sistema Reprodutor Masculino

É formado por: Testículos ou gônadas, Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra, Pênis, Escroto, Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.






  • Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados. Localiza-se atrás do testículo, no saco escrotal, e desemboca na base do ducto deferente, o canal que conduz os espermatozóides até a próstata. O epidídimo é tão longo como o testículo, em forma de "C" achatado, junto a um dos lados do testículo
  • Ducto deferente ou Canal deferente é um canal muscular que conduz os espermatozóides a partir do epidídimo, que é o local onde eles são armazenados após serem produzidos nos testículos. Representam uma continuação direta da acuda do epidídimo.
  • Túbulos Seminíferos: No interior dos testículos existem numerosos túbulos seminíferos. As paredes destes enovelados contêm células dispostas em camadas, sendo as mais internas chamadas de células germinativas primordiais. Estas participam do processo de espermatogênese que formará novos espermatozóides. É importante lembrar que, por estarem situados no saco escrotal, os testículos estão sujeitos a uma temperatura cerca de 2 a 3º C mais baixa do que o resto do corpo. Esta baixa temperatura é fundamental para que os espermatozóides sejam formados.
  • Escroto : Em animais do sexo masculino, o escroto ou saco/bolsa testicular é uma bolsa externa de pele e músculo que contém os testículos. É uma extensão do abdómen e está localizado entre o pénis e o ânus. O homólogo no sexo feminino durante o desenvolvimento fetal são os labia majora.A função do escroto é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do corpo (34.4º celsius). O calor excessivo destrói os espermatozóides. Tendo como uma de suas camadas um músculo, o escroto contrai-se e distende-se, conforme seja necessário aumentar ou reduzir, respectivamente, temperatura no seu interior.Embora a temperatura ideal varie conforme a espécie, nos animais de sangue quente parece haver uma maior necessidade de controlo, e daí a necessidade e evolução do escroto, apesar dos riscos por não oferecer protecção aos testículos.



Pênis



  1. 1- Testículos
  2. 2- Epiderme
  3. 3- Corpo Cavernoso
  4. 4- Prepúcio
  5. 5- Frênulo
  6. 6- Abertura da Uretra
  7. 7- Glande
  8. 8- Corpo Esponjoso
  9. 9- Pênis
  10. 10- Escroto


1- São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:

-Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
- Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
- Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.
- Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
- Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.

2- É a camada exterior, ou seja, a pele.

3- Os corpos cavernosos são um par de estruturas de tecido erétil parecidas com esponjas, que contêm a maior parte do sangue do pênis humano durante a ereção. Existem estruturas e funções correspondentes no clitóris das mulheres.

4- Nos mamíferos, o prepúcio é uma dobra de pele (prega cutânea) e membrana mucosa de duas camadas retráctil que cobre a extremidade do pênis (a glande). Tem uma função protetora do frénulo e a glande do pênis, mantendo esses tecidos sexuais úmidos, lubrificados e protegidos da abrasão e ferimento.

5- O frênulo do pênis ou chamado de "freio" do pênis é uma prega de pele de forma triangular que localiza-se na porção inferior da glande e faz a ligação da pele do prepúcio à glande do pênis

6- É a denominação dada ao canal condutor da urina, que parte da bexiga e termina na superfície exterior do corpo, no pénis ou vulva. No homem, a uretra tem três regiões:

- A porção prostática - uretra prostática-, dentro desta glândula, é imediatamente após a saída do colo da bexiga (colo vesical). Aqui a uretra recebe do esperma dos canais deferentes, dúctulos prostáticos e vesículos seminais. Existe um utrículo (equivalente masculino doútero feminino), uma pequena invaginação sem função, nesta porção da uretra.

- Na porção membranosa, a uretra é rodeada pelo diafragma urogenital, com uma densa camada de músculo esquelético (ativado conscientemente) que constitui o esfíncter externo (voluntário) uretral. Lateralmente a essa porção estão as glândulas bulbouretrais (de Cowper), uma de cada lado.

- Na porção esponjosa, a mais longa, ela cursa pelo corpo esponjoso do pênis. Netsa porção existem glândulas produtoras de muco, que secretam lubrificante sexual. Também é na uretra esponjosa que se abrem os ductos das glândulas bulboretrais. A uretra na glande dilata-se formando a fossa navicular e termina no meato da glande do pênis.

7- É a parte sensível do órgão sexual masculino, situada na extremidade do pênis, terminada pela abertura da uretra. É uma expansão do corpo esponjoso presente no interior do pênis, ligada ao restante do órgão pelo frênulo e pela coroa. É recoberto pelo prepúcio em indivíduos não circuncidados

8- É o tecido esponjoso que envolve a uretra masculina no interior do pênis.

9- É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, .No ser humano o seu formato é cilíndrico, tem dimensões que variam tipicamente entre os 10 a 18 centímetros no seu estado ereto, é formado por dois tipos de tecidos (dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso) e em sua extremidade observa-se uma fenda, que é a terminação da uretra, canal este que escoa o esperma e a urina. . É portanto um órgão que actua em duas funções: na reprodução e na excreção.




PÊNIS: O TAMANHO É IMPORTANTE?

Geralmente, o pênis atinge seu tamanho definitivo aos 16/17 anos de idade e 80% dos pênis eretos situam-se entre 11 e l6 cm, sendo 14 cm a medida mais comum. O pequeno tamanho do pênis em repouso não é relevante; é no estado ereto que ele exerce sua função. O prazer feminino independe do tamanho do pênis, mas sim de um conjunto de fatores que cerca o ato sexual: clima, desejo, grau de excitação e "habilidade" do parceiro. A maioria das vaginas tem uma profundidade entre 09 a 12 cm.

Portanto, a grande maioria dos pênis adequa-se a quase todas as vaginas. A insatisfação quanto ao tamanho do pênis é uma queixa comum no consultório do urologista. Na maior parte dos casos a insatisfação não deriva de uma queixa do parceiro, mas sim do desejo do paciente de possuir um pênis maior, seja por desconhecimento das medidas normais, seja por comparações errôneas com outros pênis, principalmente com os vistos em revistas ou filmes

eróticos, ou através de "vantagens" contadas por amigos. Porém o que observamos na prática é bem diferente. Cerca de 90% dos casos enquadram-se nas seguintes condições: 1-pênis de tamanho normal, adequado para sua função. 2-pênis de tamanho normal, adequado para sua função, "escondido" parcialmente pelo aumento da gordura pré-pubiana comum nos obesos. 3-pênis de tamanho normal, adequado para sua função, em um homem alto com pênis proporcionalmente pequeno. 4-pênis de tamanho normal, adequado para sua função, mas parcialmente encoberto por uma implantação anormal da bolsa escrotal. Como cada caso é único, em dúvida solicite a avaliação de um urologista. Mas atenção: Bombas de vácuo e aparelhos "esticadores" não possuem a simpatia da comunidade urológica e os "milagres" a eles atribuídos não têm comprovação científica. Não há estudos sobre as conseqüências do seu uso, portanto, é melhor não arriscar.


Vasecotmia


1 - O que é vasectomia?
É a cirurgia que deixa o homem estéril (esterilização masculina). Em outras palavras, é a versão masculina da laqueadura.

2 -Como é feita a cirurgia?
É uma cirurgia realizada ambulatorialmente, ou seja, no consultório médico, sob anestesia local. Através de uma pequena incisão na pele do escroto é identificado o canal deferente de cada lado, que é o canal por onde os espermatozóides vão caminhar desde o testículo até a chegada na uretra. Neste local é feito a ligadura ou corte destes canais e amarradas as pontas. Depois a pele é fechada com 1 ou 2 pontos de fio absorvível. O homem pode voltar dirigindo para casa. É solicitado repouso sexual por 7 dias e deve ser realizado um espermograma (exame do líquido seminal) depois de 60 dias para averiguar o sucesso da cirurgia.

3 -A vasectomia oferece algum risco ao paciente?

É um procedimento cirúrgico e, como tal, oferece os mesmos riscos que, por exemplo, a extração de um dente. As complicações como, hematoma, inflamação do testículo e infeção são raras. Em geral, o pós-operatório é bastante tranquilo, alguns pacientes referem uma leve sensibilidade nos testículos durante alguns dias.

4 -A vasectomia é reversível?
Este é um assunto que envolve muita confusão. A vasectomia é reversível sim, porém, a taxa de sucesso da cirurgia de reversão pode variar muito, dependendo do caso. Por exemplo: caso o homem tenha se submetido à vasectomia há mais de 5 anos, a chance de sucesso com a reversão é bem menor de que se ele tivesse sido vasectomizado há 2 anos. Outro ponto: a cirurgia de reversão é muito mais delicada e deve ser realizada em nível hospitalar, sob anestesia troncular, com a utilização de material de microcirurgia, incluindo microscópio. Sempre dou a sugestão de que se o homem planeja fazer uma vasectomia e não pára de pensar na reversão, então ele não está preparado para a cirurgia.

5 -Quem pode fazer a vasectomia?
De acordo com a lei 9.263, publicado no Diário Oficial da União em agosto de 1997, sobre a regulamentação do planejamento familiar, indico a vasectomia para homens acima de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos ou nos casos onde a gravidez da cônjuge poderá gerar risco de vida. Na prática diária costumo dizer aos homens que devem eleger a vasectomia como um procedimento definitivo, apesar de sabermos hoje que existe a possibilidade de reversão. O homem deve estar seguro de sua decisão e, principalmente, feliz com o relacionamento conjugal.

6 -Quantos homens já realizaram a vasectomia no Brasil? E no mundo?
No Brasil é difícil precisar quantos foram os homens esterilizados por esta técnica. A maioria destes procedimentos não é coberto por planos de saúde e, por isso, é realizado em consultórios particulares sem a devida notificação do Ministério da Saúde. Com certeza a procura por este método vem crescendo na última década. No mundo, alguns países são famosos por realizarem esta cirurgia como principal método contraceptivo, como China e Índia.

7 -Esse número tem aumentado nos últimos anos? Qual é a faixa etária?
O número de vasectomias tem aumentado nas duas últimas décadas por várias razões, entre as quais: consciência de um planejamento familiar condizente com a escala social, praticidade da cirurgia, baixo índice de complicações, custo da cirurgia que é menos oneroso de que uma laqueadura da mulher, quebra dos tabus sobre impotência e câncer de próstata. A faixa etária que mais me procura para esta cirurgia é o homem entre 35 e 45 anos. No entanto, homens com 25 e 60 anos já foram submetidos a esta esterilização em minha clínica.

8 -Após a vasectomia, o homem pode se relacionar sexualmente normalmente?
Sem dúvida. Este, por sinal, é um dos grandes tabus que impede a realização de um número ainda maior de vasectomias em nosso meio. O corte do canal deferente apenas impede a chegada dos espermatozóides na uretra, fazendo com que ele fique retido dentro do testículo. O líquido seminal, que por sua vez é produzido na próstata e vesícula seminal, continua sendo eliminado durante a ejaculação, normalmente. O volume do ejaculado continua o mesmo, apenas não está presente o espermatozóide, que afinal de contas, é o principal objetivo desta cirurgia. Este morre e é reabsorvido pelo próprio organismo. Com relação a função erétil ou potência sexual também não há nenhuma influência. Os nervos e vasos responsáveis pela ereção peniana não estão envolvidos durante a cirurgia de vasectomia. Não existe nenhuma relação anatômica entre as estruturas supra-citadas e o canal deferente. Depois de realizada a vasectomia é solicitado ao paciente permanecer utilizando um método anticoncepcional como antes, até completar 60 dias. Alguns espermatozóides podem estar vivos dentro do canal deferente. Por isso é solicitado o espermograma.

9 - Qual a possibilidade do paciente apresentar problemas após a cirurgia? De que tipo?
A incidência de complicações pós-operatórias é muito baixa. Algumas são: dor, sangramento, hematomas e infecção. São complicações inerentes a qualquer cirurgia cutânea. Não existem complicações da esfera sexual.

10 - Segundo uma publicação científica realizada há 6 anos atrás, a vasectomia aumenta a chance de câncer de próstata. É verídica?
Um pesquisador publicou em 1993 na conceituada revista científica americana JAMA (Journal of the American Medical Association) que a vasectomia aumentava a chance de desenvolver câncer de próstata. Este trabalho, apesar de Ter sido publicado, foi considerado por muitos, como tendo uma metodologia errada. Em outras palavras, "viciou" os resultados do estudo contra a vasectomia, o que na prática não ocorre.

11 -O que diz o estudo publicado recentemente no "Journal of Urology"? Ele é contrário a afirmação citada acima? Qual é a sua opinião e no que ela se baseia?
Um grupo de médicos de hospitais de Boston, EUA, estudou, aproximadamente 2616 homens abaixo de 70 anos de idade. 1216 estavam sendo tratados de câncer de próstata. Os outros 1400 homens não eram portadores de câncer de próstata. Perguntou-se, aos dois grupos, quais homens haviam sido submetidos a cirurgia de vasectomia no passado. O resultado do estudo é de que 16% de homens no grupo com câncer e 15% dos não cancerosos foram vasectomizados, respectivamente. Diferença esta não estatisticamente significante. Conclui-se, então, que a vasectomia não aumenta a chance de desenvolver câncer de próstata. Na minha opinião, não devemos nos preocupar, pois não existe nenhuma razão biológica para correlacionar vasectomia com câncer de próstata. Além do mais, ainda não está bem esclarecida a causa e os fatores de risco para que um homem desenvolva esta neoplasia.

12 -O que a classe médica tem feito para solucionar essa dúvida entre os pacientes?
Como já faz mais de 5 anos que foi divulgado pela mídia a relação entre câncer de próstata e vasectomia, a maioria dos pacientes aborda o problema dentro do consultório e é esclarecido no mesmo momento. Não tenho nenhum conhecimento de campanha médica de esclarecimento perante a opinião pública no nosso país. Todavia, este artigo publicado no "Journal" é, sem dúvida, esclarecedor e formador de opinião no mundo todo.

13 -Com a divulgação da relação entre a vasectomia e câncer de próstata, o número de cirurgias tem diminuído no Brasil? E no mundo?
Com certeza, quando da divulgação desta notícia, há 5 anos, houve um grande impacto no número de cirurgias realizadas em consultórios. Até há pouco tempo ainda sentia este decréscimo. Acredito que este novo artigo tenha uma importância semelhante, só que positiva, defendendo o procedimento de esterilização masculina.

Dicas de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis:

Hoje em dia apresentam muitas dicas para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, uma das principais dicas é o uso da camisinha masculina e feminina, entre outras coisas é claro.


http://www.afh.bio.br/reprod/reprod8.asp
- Definição - O que são as DSTs?
- Quem pode pegar uma DST?
- Diagnóstico
- Prevenindo as DSTs
- Preservativos Masculinos (camisinha)
- O uso da Camisinha
- Prinicipais causadores das DSTs
http://br.youtube.com/watch?v=VQ1DrcTS8qg&feature=related